domingo, 29 de janeiro de 2012

AS PROPOSTAS DO FST

Visando a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que irá acontecer no mês de junho, no Rio de Janeiro, o Fórum Social Temático (FST) terminou nesta sexta-feira em Porto Alegre com propostas alternativas à negociação formal que será conduzida pelos governos na conferência.
Com o tema Crise Capitalista, Justiça Social e Ambiental, o FST foi a primeira etapa da Cúpula dos Povos, reunião que deverá acontecer paralelamente à Rio+20, como contraponto às negociações formais, em um espaço de manifestação da sociedade civil organizada.
A principal crítica levantada durante os debates do FST foi, justamente, em relação ao conceito de economia verde, tema central da conferência. As organizações argumentam que o modelo vai apenas repetir a lógica do capitalismo, com a “mercantilização da natureza” e a manutenção das desigualdades. O líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, chegou a dizer que a Rio+20 será apenas “um teatro governamental”.
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que aproveitou o FST para tentar articular as posições do governo com as da sociedade civil para a Rio+20, rebateu as críticas e disse que confia na força da sociedade civil brasileira e mundial para que o evento no Rio tenha êxito.
A Rio+20 também foi lembrada no discurso da presidente Dilma Rousseff, que esteve no FST na quinta-feira para um diálogo com representantes da sociedade civil. Dilma defendeu a criação de metas de desenvolvimento sustentável na conferência e articulação direta entre medidas ambientais e de combate à pobreza.
Apesar de bem-recebida pelos movimentos sociais na primeira participação dela em um evento do Fórum Social Mundial como chefe de Estado, Dilma não escapou das críticas. Ativistas cobraram propostas alternativas à economia verde e de mais diálogo da presidente com os movimentos sociais.
Vamos agora aguardar a Rio+20 e conferir os debates relacionados a sustentabilidade.

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