quinta-feira, 21 de junho de 2012

E A QUESTÃO URBANA???


Parece que a versão que está circulando do texto final da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – Rio+20 - agregou um pouco mais de conteúdo sobre a questão urbana em comparação com o texto base lançado lá em janeiro passado, que tocava no tema apenas em um ponto, lá no artigo 62, enunciando "a necessidade de integrar a política de desenvolvimento urbano sustentável como componente fundamental de uma política nacional de desenvolvimento sustentável."
Mesmo assim, a formulação atual afirma a necessidade de planejar o desenvolvimento urbano  na direção de melhorar a qualidade dos assentamentos humanos, enfatizando o tema da mobilidade, da infraestrutura, entre outros, mas em nenhum momento estabelece qualquer tipo de meta ou estratégia para alcançar estes  desejos...
É fundamental lembrar que mais da metade da população mundial vive em cidades e que estas são uma das grandes responsáveis pela emissão de gases de efeito estufa, responsáveis pelas mudanças climáticas. Será a população urbana, residente em grandes cidades, especialmente no litoral e nas margens de rios, a mais afetada por desastres causados por estas mudanças. Foi pensando nisso que o C40, um grupo de prefeitos de grandes cidades de todo o mundo, resolveu construir um documento específico sobre as metas que as metrópoles devem atingir para reduzir a emissão de gases de efeito estufa e, assim, combater o aquecimento global. Entretanto, há uma diferença muito grande do que significa melhorar a qualidade ambiental e enfrentar as mudanças climáticas para os países ricos e para os países pobres.
Nas cidades dos países ricos do hemisfério norte, por exemplo, uma grande preocupação hoje é saber como diminuir o consumo de energia para aquecimento. Só que, para grande parte da população do mundo, o principal problema ambiental ainda é o saneamento: são cidades com baixas taxas de coleta de lixo, drenagem, rede de esgoto e de água. Podemos incluir neste ponto, também, a questão da moradia, já que não dá pra falar em moradia adequada se estas não possuem saneamento ambiental adequado.
Em países pobres, ainda, boa parte das moradias expostas a situações de vulnerabilidade a desastres, como enchentes e desabamentos, são assentamentos de baixa renda. Para esta população, as alternativas propostas  são, geralmente, as remoções, com  reassentamentos que  representam, na maioria das vezes, uma piora nas condições de vida, já que se livram das enchentes, por um lado, mas ficam sujeitas a viver em locais sem oportunidades de emprego, de desenvolvimento econômico, social, cultural, enfim, sem cidade...
Finalmente, de forma geral, me parece que a Rio+20 terá pouca incidência no processo de decisão sobre as políticas dos países. Países como o Brasil correm para estimular a indústria automobilística, em um movimento muito mais decisivo e forte em direção à insustentabilidade do que os vagos enunciados de compromisso com o transporte sustentável. E a questão urbana???

segunda-feira, 18 de junho de 2012

BASTA EDUCAÇÃO PARA ECONOMIZAR 30% DE ÁGUA E 50% DE ENERGIA NAS CIDADE, DIZ ONU

O PNUMA - Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente estima que economias na ordem de 30% de água e 50% de energia podem ser obtidas praticamente sem investimento algum. O "incentivo às mudanças de comportamento”, diz a entidade, é suficiente para alcançar a maior parte destes objetivos.
“Sim, a educação”,disse um executivo da ONU durante o lançamento,  nesta segunda-feira (18.06), de uma iniciativa com o objetivo de reduzir os níveis de poluição, melhorar a eficiência de recursos e reduzir os custos de infraestrutura em cidades do planeta.
Intitulado Iniciativa Global para Cidades Eficientes no Uso de Recursos, o programa está aberto à participação de cidades com mais de 500 mil habitantes e espera receber a adesão de 200 metrópoles até 2015.
Estima-se que 80% da população mundial estará concentrada em cidades até 2050. Segundo projeções da ONU, essa nova onda de urbanização deve resultar em mais 3 bilhões de pessoas morando em cidades num período de apenas 80 anos, especialmente na África e na Ásia.
As áreas urbanas, que ocupam 3% da superfície da Terra, respondem por 50% de todo o lixo, geram de 60% a 80% de todas as emissões de gases de efeito estufa e consomem 75% dos recursos naturais.
Esta informação mostra a grande importância que a ONU dá ao princípio da "Educação" no que diz respeito a causa ambiental, uma iniciativa com um custo quase inexistente mas com um impacto muito grande no seu resultado final.
Fica a dica.

terça-feira, 20 de março de 2012

ABELHAS SÃO BIOINDICADORAS DE POLUIÇÃO AMBIENTAL

Partículas suspensas no ar são interceptadas pelas abelhas
Pesquisa da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, revela que as abelhas são bioindicadoras de poluição ambiental. Durante as viagens para coleta de água, néctar e pólen das flores, as abelhas são impregnadas por microrganismos e substâncias químicas presentes na atmosfera, podendo servir de indicador da qualidade do ar.
O estudo realizado pela bióloga Talita Antonia da Silveira foi desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Entomologia, com o objetivo de verificar se o pólen apícola coletado por abelhas Apis Mellifera pode ser utilizado como bioindicador de poluição ambiental. Orientado pelo professor Luís Carlos Marchini, o trabalho foi realizado no apiário do Departamento de Entomologia e Acarologia (LEA), contendo na proximidade áreas agrícolas, industriais e urbana, com plantas ornamentais e frutíferas, em um fragmento de mata nativa.
Talita explica que as abelhas operárias realizam viagens exploratórias em áreas que cercam seu habitat, recolhendo o néctar, a água e o pólen das flores. Com isto, quase todos os setores ambientais — solo, vegetação, água e ar — são explorados. “Durante este processo, diversos microrganismos, produtos químicos e partículas suspensas no ar são interceptados pelas abelhas e podem ficar aderidos ao seu corpo ou ser ingeridos pelas mesmas”, explica a pesquisadora.
Análises
Pautado neste fato, os produtos apícolas podem ser usados como bioindicadores para monitoramento de impacto ambiental causado por fatores biológicos, químicos e físicos. “A analise de elementos traço no pólen podem biomonitorar o ambiente em questão. Esse monitoramento com produtos apícolas pode ser uma das formas de prevenir a contaminação ambiental”, afirma.
As abelhas são insetos sociais que contribuem para o ambiente por meio da polinização, ajudam na agricultura e, de quebra, ainda fornecem mel, geléia real, cera, própolis e pólen. Quanto aos resultados obtidos pelo estudo, Talita salienta que o armazenamento de mel e pólen, a postura da rainha e a ocupação dos favos estão sujeitos às variações sazonais, já que as características produtivas e reprodutivas de colônias de abelhas são influenciadas pelo clima e pela disponibilidade de alimento na região em que são criadas.
“As abelhas utilizaram vegetação de diversos tipos presentes no ambiente, aproveitaram as plantas ruderais como fonte de coleta de pólen para manutenção de suas colônias e acrescentaram à sua dieta o pólen de outras plantas arbóreas, arbustivas e herbáceas, conforme o recurso tornou-se disponível na área”, contou a pesquisadora.
“Quanto à interferência do clima nos parâmetros físico-químicos, o estudo mostrou que as condições meteorológicas do ambiente influenciam a qualidade e a coleta do pólen”, conclui Talita.
Mais informações: (19) 3429 – 4199, ramal 220 / 8849-4530 / 8327-3090; email tasilveira@usp.br, com  Talita Antonia da Silveira
Matéria de Ana Carolina Miotto, da Esalq/ Agência USP de Notícias, publicada pelo EcoDebate, 20/03/2012

sexta-feira, 16 de março de 2012

A EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO FERRAMENTA DE GESTÃO

Em uma economia globalizada e altamente competitiva, se faz cada vez mais necessário as empresas buscarem não só um diferencial tanto no que diz respeito aos serviços prestados quanto aos produtos produzidos ou comercializados. Hoje mais do que em qualquer outra época vivida os cuidados com a questão ambiental por parte das empresas deixou de ser um diferencial agregado aos seus serviços ou produtos e passou a ser uma preocupação que todas as empresas devem ter de um modo em geral. Além disso, há a questão econômica que é norte de uma empresa e que, no meu entendimento está intrinsecamente ligada à forma como os gestores pensam e agem, e isto invariavelmente passa pela maneira como os colaboradores são treinados para desenvolver suas funções dentro da empresa e também fora dela. Para a maioria dos gestores a preocupação com meio ambiente e todas as políticas e ferramentas que poderão ser adotadas para minimizar os impactos que sua empresa poderá trazer não passam de custos que acabam afetando diretamente na sua lucratividade. Neste caso a Educação Ambiental pode ser uma ferramenta eficiente e econômica na gestão e para a gestão ambiental nas empresas.
    Fazendo um breve apanhado histórico concluímos que durante a maior parte da existência o tema ambiental foi tratado com total desprezo ou desconhecimento pela humanidade. Em 1968, em Roma, alguns cientistas dos países desenvolvidos se reuniram para discutir o consumo e as reservas de recursos naturais não renováveis bem como o crescimento da população mundial, comentou Reigota (1994) no capítulo em que se refere aos aspectos históricos da Educação Ambiental. A partir daí surgiu o problema ambiental em nível mundial, e como conseqüência disso, a ONU – Organização das Nações Unidas realizou em 1972, em Estocolmo, na Suécia, a Primeira Conferência Mundial de Meio Ambiente. Uma das resoluções importantes tiradas desta conferência foi a de que se deve educar o cidadão para a solução dos problemas ambientais (É indispensável um trabalho de educação em questões ambientais, dirigido, seja às gerações jovens, seja aos adultos, o qual dê a devida atenção aos setores menos privilegiados da população, a fim de favorecer a formação de uma opinião pública bem informada e uma conduta dos indivíduos, das empresas e das coletividades, inspiradas no sentido de sua responsabilidade com a proteção e melhoria do meio, em toda a sua dimensão humana. – Declaração Sobre o Ambiente Humano, Princípio 19). Podemos deduzir então que aí surgiu o que se convencionou chamar de Educação Ambiental, (Reigota, 1994, p.15). Em 1975, de acordo com Loureiro (2006), ocorreu o I Seminário Internacional de Educação Ambiental, em Belgrado, na época, Iugoslávia. O grande mérito desse seminário foi reforçar a necessidade de uma nova ética global e ecológica vinculado aos processos de erradicação de problemas como a miséria, fome, analfabetismo, poluição, degradação dos bens naturais e exploração humana, por meio de um novo modelo de desenvolvimento e do entendimento de que tais problemas estão estruturalmente relacionados. (Loureiro, 2006, p. 70).
    De acordo com Jacobi (2003), a partir da Conferência intergovernamental sobre a Educação Ambiental realizada em Tbilisi (Geórgia, ex URSS), em 1977, inicia-se um amplo processo em nível global orientado para criar condições que formem uma nova consciência sobre o valor da natureza e para orientar a produção de conhecimento baseada nos métodos da interdisciplinaridade e nos princípios da complexidade. “Esse campo educativo tem sido fertilizado transversalmente, e isso tem possibilitado a realização de experiências concretas de educação ambiental de forma criativa e inovadora por diversos segmentos da população e em diversos níveis de formação.” (Ibid, p. 02). Loureiro (2006), fala que as diretrizes definidas foram consensualmente adotadas pelos países participantes de tal conferência, inclusive o Brasil, e permanecem válidas até hoje em defesa de uma abordagem emancipatória.
    No entanto, o que mais me chamou atenção foi um evento, ocorrido um ano antes de Tbilisi, pouco mencionado quando muitos autores retomam a história da Educação Ambiental. Esse evento chamou-se de Taller Subregional de Educación Ambiental para Educación Secundaria, realizado em Chosica, Peru, em 1976. Loureiro (2006) diz que esse evento apresentou uma das mais complexas abordagens em Educação Ambiental, “evidenciando a necessidade de transformação das sociedades tal como estão estruturadas e a associação entre o social e o natural strictu sensu”. (Ibid, p. 70). Além disso, afirmou a necessidade da Educação Ambiental ser participativa, permanente, interdisciplinar, construída a partir da realidade cotidiana, com implicações sobre o formato curricular no ensino formal.
    A Rio-92, Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e desenvolvimento, partiu do documento feito em Tbilisi, para elaborar a educação ambiental na Agenda 21, recontextualizando e ampliando as propostas expostas.
    No Brasil, em 1999, foi instituída a Lei da Política Nacional de Educação Ambiental, nº 9.795, de 27 de abril, que regulamenta a Educação Ambiental no Brasil, destacando esta com termos como qualidade de vida e sustentabilidade, sendo parte do processo educativo de forma ampla e direito de todos. Brügger (1999) declara que a educação ambiental está relacionada ao modo como a sociedade compreende a natureza, o que inclui também as relações dos homens com seus pares, ou seja, numa sociedade capitalista, a natureza é vista como meio de exploração e enriquecimento, descartando-se a total dependência do ser humano em relação ao meio ambiente, questão esta que se torna urgente, posto que, a degradação ambiental é praticada há muito tempo, porém, na época atual suas conseqüências vêm tomando grandes proporções.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

RIO+20

Ministra do Meio Ambiente avisa que Rio+20 não será uma revisão da Eco 92

Para a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, não deve ser vista como uma revisão da conferência que o Rio sediou há 20 anos, a Eco 92. “Não se trata de voltar ao passado, de rever documentos acordados. A Rio+20 não está modelada na Eco 92, mas no desenvolvimento sustentável a partir de duas mensagens-chave: economia verde e governança de modo sustentável”, disse a ministra ao participar hoje (29) de audiência pública no Senado.
Izabella Teixeira ressaltou que é preciso definir os termos de aplicação da economia verde. “Falta discutir se a economia verde leva à inclusão social, se realmente permite a geração de empregos. Não se coloca com clareza, também, se os países desenvolvidos estão, de fato, dispostos a transferir tecnologia”.
Para a ministra, as ações do Brasil em favor da preservação do meio ambiente, nas definição de metas de emissão de gás carbônico (um dos gases de efeito estufa) e na erradicação da pobreza, fazem com que o país seja visto como estratégico na construção de soluções a partir da conferência.
“A leitura dos países é que o Brasil evoluiu muito nos últimos 20 anos, desde a Eco 92, mas que ainda tem os seus problemas e desafios imensos pela frente”, disse. “Esse reconhecimento dá ao Brasil as condições de ser o país anfitrião, facilitador, negociador e de aproximação dos vários povos do planeta. É isso que se espera do país. Não é só uma agenda ambiental, é uma agenda de sustentabilidade e desenvolvimento”, completou.
Um dos pontos sobre o qual ainda não há consenso, segundo a ministra, é quanto ao formato de reestruturação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), criado há 40 anos. “O que se discute é o fortalecimento do Pnuma, com uma leitura de que esse fortalecimento pode ser feito passo a passo, tendo uma visão de gestão. O programa ganharia contornos de uma agência internacional, mas ainda não há consenso quanto a isso”.

Fonte: Priscilla Mazenotti - Da Agência Brasil, em Brasília

A ERA DA ESTUPIDEZ

A era da estupidez” (The Age of Stupid), filme que chama a atenção para a necessidade de governantes e cidadãos de todo o mundo agirem contra o aquecimento global.

“A era da estupidez” se passa em 2055 e tem no papel principal o ator inglês Pete Postlethwhaite, indicado para o Oscar em 1994. Ele interpreta o ‘arquivista’, um homem solitário que vive num mundo devastado pelo aquecimento global e que consome seu tempo catalogando o passado. O filme mostra Postlethwhaite examinando imagens de 2007 e se perguntando por que a humanidade não tomou providências contra a crise climática quando ainda havia tempo.
“Nossas ações contra as mudanças climáticas irão definir a nossa geração, assim como o fim do apartheid, a abolição da escravidão e a chegada do homem na lua definiram gerações anteriores. No momento, vivemos na era da estupidez, mas, apesar do pouco tempo que nos resta, ainda é possível mudar esta situação”, afirma a diretora do filme, Franny Armstrong.
Com um orçamento de £ 450 mil, “A era da estupidez” é uma produção independente financiada através da venda de cotas de participação para 223 indivíduos e grupos que se preocupam com a mudança climática.

A ERA DA ESTUPIDEZ (The Age of Stupid)
Reino Unido, 2009, 100 min
De Franny Armstrong
Com Pete Postlethwaite
Distribuição: MovieMobz

SINOPSE
“A era da estupidez” mostra a que ponto chegou a destruição ambiental no mundo e alerta para a responsabilidade de cada indivíduo em impedir a anunciada catástrofe global. Misturando documentário e ficção, o filme é estrelado pelo ator indicado ao Oscar, Pete Postlethwaite, que interpreta um velho sobrevivente no devastado mundo de 2055. Ao analisar cenas das muitas tragédias ambientais ocorridas no início do século 21, ele se pergunta por que os seres humanos não se salvaram quando ainda tinham a chance.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

PRÊMIO SUSTENTABILIDADE GREEN PROJECT AWARDS

Abertas as inscrições para o Prêmio de Sustentabilidade Green Project Awards. 


A GCI em parceria com o Instituto Nacional de Tecnologia (INT) institui um prêmio de reconhecimento para as boas práticas em projetos que promovem o desenvolvimento sustentável, designado Green Project Awards Brasil. As candidaturas à primeira edição do prêmio estão abertas e poderão ser feitas pelo site: http://www.gpabrasil.com.br/. O processo de candidatura aos GPA encontra-se disponível a todas as entidades (individuais e coletivas).

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

MANEIRAS DE REDUZIR O LIXO EM CASA

Pequenos cuidados reduzem a quantidade de materiais descartados
Já teve algma vez o serviço de coleta parado ou suspenso na sua região? Ou já tentou ficar um tempo sem colocar o lixo para a coleta só para ver a quantidade de material acumulado? A situação fica ainda pior depois do fim de semana ou de uma festa.
Pensando nisso resolvemos propor algumas dicas afim de reduzir o uso de embalagens e começar a desperdiçar menos, pois o grande vilão nesta história é sem dúvidas as embalagens dos produtos que adquirimos.

Que tal repensar? Veja abaixo dicas que podem ajudar:

1. Compre menos produtos. Pense bem se determinado produto é realmente necessário, e só depois compre.

2. Opte por produtos com menos embalagens no mercado.

3. Tente fazer produtos em casa. Fazer pães, biscoitos e bolos em casa, por exemplo, evita várias embalagens da padaria.

4. Use suas próprias embalagens, como sacolas ecológicas. Além disso, quando for comprar itens a granel em feiras, leve os potes que você vai usar para armazenar o produto em casa e evite o saquinho plástico. O mercado londrino Unpackaged, por exemplo, não tem nenhum tipo de embalagem para viagem: o consumidor deve trazer a sua.

5. Conserte os produtos que estragarem, como costuras em roupas ou reparos técnicos em aparelhos eletrônicos, antes de optar por comprar um novo.

6. Reutilize embalagens. Use as caixas de produtos para a organização da casa. Além disso, para famílias com crianças, é possível guardar várias embalagens para serem usadas em brincadeiras. Além de sustentável, incentiva a criatividade.


Agora multiplique estes cuidados pelo nº de moradores do seu condomínio, bairro ou mesmo da sua cidade. Vamos longe né???
Tem outra dica? Deixe nos comentários!

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Durante o Fórum Mundial da Educação, educadores debatem como abordar a justiça ambiental a partir de uma perspectiva crítica.

Justiça ambiental
As práticas educativas para a construção de outro mundo possível foi um dos temas debatidos durante o Fórum Mundial de Educação Crise Capitalista, Justiça Social e Ambiental, realizado em Porto Alegre, de 24 a 29 de janeiro. Para o professor brasileiro Moacir Gadotti, do Instituto Paulo Freire, presente no debate, no cotidiano da educação é preciso deixar claro que as soluções propostas pelos organismos internacionais e pelas grandes economias capitalistas para salvar o planeta da crise ambiental e econômica não são válidas. “Os países ditos desenvolvidos abusaram da pegada ecológica e não conseguem hoje assumir essa dívida. Mas isso não significa que devemos assumi-la como querem as soluções neocapitalistas apresentadas por esses próprios países. A economia verde é uma falsa solução para os problemas que vivemos hoje, é preciso ficar claro que ela não conseguirá tirar a humanidade da rota de destruição”, ressaltou.
Segundo Gadotti, sem questionar profundamente o atual modo de produção não será possível resolver a grave crise que o mundo enfrenta hoje. O professor defendeu a necessidade de politizar a questão ecológica dentro dos espaços de educação formais e não formais. “Estamos diante de uma grande oportunidade de introduzir esse tema nas escolas e fazermos uma educação também mais transformadora e popular, porque as escolas hoje estão esvaziadas de política”, observou. Gadotti lembrou Paulo Freire — com quem trabalhou diretamente —dizendo que, se ele estivesse ali presente, certamente falaria de política e defenderia a politização da questão ambiental. O professor comentou que o último texto escrito por Freire falava justamente da “ecopedagogia”. Gadotti enfatizou a necessidade de discutir justiça ambiental juntamente com justiça social, já que os dois conceitos não existem separadamente. “A prática educativa que queremos deve visibilizar, conscientizar, desfetichizar, assim como fizeram os negros, os sem-terra, as mulheres, os homossexuais, colocando no palco da história todas essas opressões”, reforçou.
Também presente na mesa de discussão, o professor espanhol Fernando Ballenilla falou sobre a necessidade de os próprios educadores conhecerem a fundo a situação atual do planeta para conseguirem realizar uma educação crítica. O professor faz parte da Red IRES, um movimento de educadores a favor de uma formação crítica, que tem entre suas atribuições o estudo da realidade atual. Ele apresentou os estudos feitos pela rede sobre a dependência mundial do petróleo, o declínio da produção petrolífera nos principais países produtores e as consequências que isso poderá trazer para a humanidade, como a escassez de alimentos devido à ocupação de terras para a produção dos biocombustíveis. “Temos um desafio enorme e pouco prazo porque este modelo está com a data de validade muito próxima de vencer. Para enfrentarmos esses desafios na educação temos que criticar o modelo tradicional de escola, mas não a partir de uma crítica tecnológica, que é a principal crítica que tem sido feita. Não podemos conceber o espaço educativo como mero reprodutor de conteúdos, precisamos trabalhar na escola como pesquisadores, trazendo os temas socioambientais relevantes, com uma perspectiva democrática, participativa, crítica e solidária”, argumentou.
Práticas educativas
O educador italiano Alessio Surian chamou a atenção para a necessidade de reconhecer os limites da escola que não dialoga com seu entorno. “Não podemos pensar que tudo que existe dentro da escola é educação e que o que está fora da escola não é. Se não existe uma ponte entre fora e dentro, precisamos pensar na necessidade de reformar essa escola”, pontuou. Para o professor, há três princípios que precisam nortear os processos educativos e que são pontes entre a educação formal e não formal. Ele os chama de coprodução, coevolução e coaprendizado, e os define como princípios que estão relacionados à legitimidade de um conhecimento que é produzido coletivamente, ao dinamismo das práticas educativas a partir do reconhecimento das diferenças e da possibilidade de mudanças constantes.
Alessio Surian também esmiuçou durante o debate ferramentas para ajudar os educadores a colocarem em prática essa outra proposta de educação a partir da discussão da justiça ambiental. Entre elas, ele apontou a apresentação do conceito de pegada ecológica. “A pegada ecológica é uma forma de tomar consciência de tudo o que estamos fazendo, consumindo, despejando na natureza. Podemos traduzir isso em termos energéticos, simbolizar em hectares, o que o torna uma das formas mais concretas e pedagógicas para tomar consciência da justiça ambiental”, explicou. Outras ferramentas citadas pelo professor são a Carta da Terra e a elaboração de uma linha do tempo que defina quais são as relações, as responsabilidades individuais e coletivas “para transformar o pessimismo do presente no futuro desejado”. Além disso, Alessio considera que um outro caminho é o próprio compartilhamento de ferramentas entre os professores e ainda a difusão das declarações já existentes dos direitos humanos, apesar das inúmeras contradições e impedimentos desses mesmos direitos. “Há um processo ratificado pelo Brasil e por quase o mundo inteiro, com um marco normativo que diz que todos têm que ser consultados pelas escolhas que vão afetar o meio ambiente e a economia”, lembrou.
Para a educadora de Burkina Faso Aminata Diallo Boly é preciso aceitar que a educação é um processo de longo prazo, que compreende também as relações culturais e históricas. Aminata contou sua experiência com a educação de populações nômades no continente africano. “Entendemos que é necessário permitir a essas populações se integrar e fazer um estudo das necessidades educativas delas com uma reflexão crítica permanentemente”, disse. A professora criticou a visão equivocada, segundo ela muitas vezes difundida, a respeito dos processos de educação não-formal, que os consideram um espaço “para os páreas ou as pessoas que não têm futuro”. Segundo Aminata, há muitos desafios no processo educativo em curso na África. “Hoje há uma explosão dos sítios de ouro, o que é um inferno para o sistema educativo, pois famílias inteiras migram para esses sítios constituindo outras demandas por educação”, exemplificou.

Fonte: Raquel Júnia – Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz)
EcoDebate, 30/01/2012

domingo, 29 de janeiro de 2012

AS PROPOSTAS DO FST

Visando a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que irá acontecer no mês de junho, no Rio de Janeiro, o Fórum Social Temático (FST) terminou nesta sexta-feira em Porto Alegre com propostas alternativas à negociação formal que será conduzida pelos governos na conferência.
Com o tema Crise Capitalista, Justiça Social e Ambiental, o FST foi a primeira etapa da Cúpula dos Povos, reunião que deverá acontecer paralelamente à Rio+20, como contraponto às negociações formais, em um espaço de manifestação da sociedade civil organizada.
A principal crítica levantada durante os debates do FST foi, justamente, em relação ao conceito de economia verde, tema central da conferência. As organizações argumentam que o modelo vai apenas repetir a lógica do capitalismo, com a “mercantilização da natureza” e a manutenção das desigualdades. O líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, chegou a dizer que a Rio+20 será apenas “um teatro governamental”.
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que aproveitou o FST para tentar articular as posições do governo com as da sociedade civil para a Rio+20, rebateu as críticas e disse que confia na força da sociedade civil brasileira e mundial para que o evento no Rio tenha êxito.
A Rio+20 também foi lembrada no discurso da presidente Dilma Rousseff, que esteve no FST na quinta-feira para um diálogo com representantes da sociedade civil. Dilma defendeu a criação de metas de desenvolvimento sustentável na conferência e articulação direta entre medidas ambientais e de combate à pobreza.
Apesar de bem-recebida pelos movimentos sociais na primeira participação dela em um evento do Fórum Social Mundial como chefe de Estado, Dilma não escapou das críticas. Ativistas cobraram propostas alternativas à economia verde e de mais diálogo da presidente com os movimentos sociais.
Vamos agora aguardar a Rio+20 e conferir os debates relacionados a sustentabilidade.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

FÓRUM SOCIAL TEMÁTICO

Estive ontem na marcha de abertura do FST que ocorre em Porto Alegre e região metropolitana dos dias 24 a 29 de janeiro fazendo a cobertura fotográfica para o Sindicato dos Sapateiros de Campo Bom, onde presto meus serviços na área de comunicação. Os temas que serão abordados este ano são a Crise Capitalista e a Justiça Social e Ambiental. O que me chamou a atenção foram as muitas manisfestações de grupos, ONGs e entidades em relação a questão ambiental, daí minha pergunta: - Será que estas manifestações tem mesmo o fim de alertar para a questão ou isto é apenas para chamar a atenção para sí próprio uma vez que este tema ambiental está na moda. Claro que toda manifestação é digna e que só fato de se estar remetendo a determinado tema preocupante já é válido, mas que existe muita gente que está apenas pra pegar esta onda, ah existe...
Mas vamos ao que de fato importa, de 25 a 27 de janeiro acontece dentro do FST o II Encontro Brasileiro de Secretários de Meio Ambiente, no salão nobre do Ministério Público do RS, neste encontro que é aberto ao público (necessário apenas inscrição - meioambientecamara@gmail.com - pois os espaços no salão são limitados) será abordado o tema: Articulação Política Pela Sustentabilidade.
No dia 26 de janeiro o Consórcio Prí-Sinos e Itaipu Binacional promovem Mesa Redonda conjunta de Educação Ambiental. A proposta visa discutir a importância da E.A. nos processos de mobilização, sensibilização e atuação em questões socioambientais locais e globais. Esta atividade autogestionária será um momento singular de socialização das iniciativas realizadas na Bacia do Paraná 3 – região Oeste do Paraná- além de outras experiências nacionais e que são resultados de uma construção coletiva exemplificando o exercício da cidadania. Trata-se de um programa que considera o processo de formação de Educadores ambientais a base para o trabalho nas comunidades promovendo a Democracia, a participação e a solidariedade, princípios fundamentais para sociedades sustentáveis. São parceiros deste processo Prefeituras Municipais, Universidades, Associação de Moradores, Grupos de Teceira Idade, Escolas Estaduais, Ongs locais. O evento vai ocorrer na Faculdades EST – Escola Superior de Teologia, das 14h00 às 17h00.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

O MODELO DA NOSSA VIDA

O modelo de vida que temos demonstra exatamente de que forma cuidamos de nós mesmos e consequentemente do planeta e dos seres que nele vivem. Descuido com relação a nossa saúde ingerindo substâncias nocivas, abstenção ás práticas saudáveis de atividades físicas, sedentarismo, ingestão de altas doses de cultura inútil e nociva, etc...
A ganância, o querer ter mais, o orgulho, a soberba, tudo isso faz com que, de um modo geral, tenhamos o impulso de usar de maneira desequilibrado os recursos naturais do nosso planeta, pondo em risco nossa própria história futura. Com isso podemos presumir que as necessidades básicas de todos não podem estar sendo satisfeitas porque há um desequilíbrio na maneira em que os recursos naturais são consumidos, a velha história do “uns com muito e outros com pouco”...
A Terra possui recursos e riquezas para satisfazer as necessidades de todos os seus habitantes, e se estes recursos e riquezas forem usadas equilibradamente e se fizermos uma gestão correta destes recursos e riquezas, acredito nisso, porque a terra por si só tem este poder de se auto-renovar desde que não atrapalhemos este processo.
Conclusão: Se não cuidamos de nós mesmos da forma devida como vamos cuidar do planeta e dos seres que nele vivem???