quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

ENERGIA SOLAR



Radiação solar do Brasil
A estiagem do ano de 2001 e a falta de investimento na área de energia, de acordo com Ribeiro (2002), são os principais impulsionadores para esforços que visem à otimização do consumo de energia elétrica. Em função disso, o uso de energias alternativas deverá crescer cada vez mais em todo o globo, pois historicamente já se sabe que não é viável a dependência de usinas geridas por ação governamental.
            A energia solar entra nesse contexto. Dentre as diversas formas de sua utilização, pode-se citar a energia solar fotovoltaica, obtida através da conversão direta da luz em eletricidade pelo chamado “efeito fotovoltaico” (Centro de Referência para as Energias Solar e Eólica - CRESESB, 2008). Esse sistema pode ser aplicado à iluminação pública que, mesmo que o adotasse parcialmente, contribuiria significativamente com a redução da demanda de energia proveniente de hidrelétricas e, a médio e longo prazo, até mesmo com a diminuição de impostos (RIBEIRO, 2002).
            Combustíveis fósseis e a energia nuclear, que utiliza reservas naturais de urânio, são algumas das formas de se obter energia elétrica, sendo essas mais utilizadas em países desenvolvidos. Porém, em pouco tempo encontrarão escassez de fontes, podendo ocasionar inclusive conflitos de interesses entre sociedades, como já se ouve falar. Apesar de o Brasil não utilizar essas fontes como principais geradoras de energia e seu potencial hidrelétrico ainda ser grande, as outras fontes renováveis não podem ser ignoradas (RIBEIRO, 2002).
            Segundo dados da CRESESB (2008), o sol fornece anualmente, para a atmosfera terrestre, 1,5 x 1018 kWh de energia, valor correspondente a 10.000 vezes o consumo mundial de energia neste período. Todavia, a radiação incidente apresenta variações dependendo da época do ano, uma vez que a trajetória anual de nosso planeta em torno do sol é realizada em um plano inclinado em relação ao plano equatorial, sendo esta inclinação responsável pela variação da elevação do sol, o que dá origem às estações do ano. Por tanto, de toda a radiação solar que chega às camadas superiores da atmosfera, apenas uma fração atinge a superfície terrestre, devido à reflexão e absorção dos raios solares pela atmosfera.
A ANEEL também aponta que grande parte do território brasileiro está próximo à linha do Equador, o que significa que não há grandes variações na duração solar do dia. Apesar disso, a maioria da população brasileira e dos polos industriais estão em regiões mais distantes à linha. Em Porto Alegre, a capital brasileira mais meridional (cerca de 30ºS), a duração solar diária varia de 10h13min a 13h47min. Isso mostra que o Brasil possui uma capacidade muito grande de geração deste tipo de energia.
            Segundo a ANEEL (2005), o aproveitamento térmico é um dos aproveitamentos diretos da energia solar. Para tal, são usados coletores ou concentradores solares, sendo que os coletores são os mais comuns em aplicações residenciais e comerciais, como hotéis e restaurantes. Os concentradores, por sua vez, são mais usados em situações que trabalham com maiores temperaturas, como secagem de grãos ou produção de vapor. Nesse caso, utiliza-se uma turbina a vapor que, por meio de um gerador, converte a energia térmica em energia elétrica.
            Outros sistemas utilizados como conversão direta são os sistemas termoelétrico e fotovoltaico. Ambos têm o objetivo de incidir radiação solar (calor e luz) em materiais com características semicondutoras. No sistema termoelétrico, há o surgimento de uma diferença de potencial, a partir da junção de dois materiais, em condições controladas. No Brasil, é mais utilizado nas regiões Sul e Sudeste, em função de características climáticas. No sistema fotovoltaico, o que ocorre é a conversão dos fótons contidos na luz solar em energia elétrica, a partir do uso de células solares. Nesse caso, as regiões Norte e Nordeste são as que mais utilizam esse processo, em comunidades sem acesso à rede convencional de energia elétrica (ANEEL, 2005).
            O grande problema encontrado no Brasil em relação aos investimentos neste tipo de geração de energia é alto custo dos equipamentos necessários, pois na sua maioria são fabricados fora do país, necessitando serem importados. 
       Outro fato que também deve ser levado em consideração são os interesses das grandes corporações na energia das fontes tradicionais, mas esse é outro assunto...
(Parte de um estudo acadêmico feito por Cláudio Cunha, Fernando Faggion, Graziella Kassick Saft e Nicole Gröff da Silva - ILUMINAÇÃO DO CAMPUS DA UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS PELO SISTEMA FOTOVALTAICO: UM ESTUDO DE VIABILIDADE).

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

A ARMADILHA DO PET

Foi na última semana, quando uma amiga me enviou uma foto de seu quintal de permacultura, e com orgulho ela escreveu: “Olha estou reciclando garrafas de PET, utilizando no viveiro para as minhas plantinhas.” A minha amiga se acha ecologicamente correta e consciente, mas sem querer ela entrou na armadilha da grande indústria do plástico e do petróleo.
Por anos, incontáveis de workshop de reciclagem ensinaram aos brasileiros, criancinhas, adultos, idosos, donas de casa, comunidades carentes e povos indígenas, a maravilha de “reciclar” garrafas PET. As garrafas de PET usadas passam então a servirem para várias coisas. Vasos para plantas, brinquedos, bijuterias, árvores de Natal, móveis ou qualquer coisa inimaginável. Paralelo a isso, foi criado um mercado de roupas com malha PET, identificada como ecologicamente correta. Camisas caríssimas porque salvam o Planeta, diz a propaganda.
Uma mentira que só virou verdade nesta sociedade do século 21, porque foram repetidas milhares vezes. A realidade é essa: O uso de uma garrafa PET velha no seu quintal ou em forma de roupa, ou como um “telhado verde”, não é reciclagem e nem preserva o meio ambiente. Reciclagem é quando uma garrafa PET velha vira uma garrafa PET nova, como é feito com as garrafas de vidro. Só assim o uso da matéria prima, o petróleo, e o gasto de energia estarão reduzidos. Mas o que acontece com a PET, na realidade, é o contrário disso. A garrafa PET na prática mundial não vira uma nova garrafa PET. A garrafa velha vira um outro produto, um processo que internacionalmente recebeu o nome “Downcycling”.
Ao contrário do vidro, a PET não pode ser reutilizada na linha de produção original e o seu processo de reciclagem de verdade é ainda caro e complicado. Por isso a indústria de embalagens prefere utilizar matéria prima para seus produtos e inventou a propaganda da PET-Recicling.
Novos mercados para o lixo de PET foram criados que de fato estão estimulando a produção de novas garrafas PET à base da matéria prima petróleo. Por exemplo, o novo mercado de Eco-Camisas, Eco-Bolsas ou Eco-mochilas de PET, precisa de produção de novas garrafas de PET à base da matéria prima. E isto é um ato contra a sustentabilidade, contra o meu ambiente e contra a nossa própria saúde.
Pior: ao contrário das fadas da propaganda da indústria química, a produção de PET nem é fácil ou limpa. Além do uso de petróleo, também várias substâncias tóxicas são necessárias ou são criadas durante o processo. Por exemplo, a indústria está usando trióxido de antimônio no processo de fazer PET. Mas antimônio é um metal pesado venenoso e pode criar câncer. “A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) classifica o trióxido de antimônio no Grupo 2B – possivelmente carcinogênico para o ser humano.”
A substância orgânica Bisfenol-A (BPA) é um outro grande vilão na produção de garrafas de plástico e de outras embalagens. Esta substância de fórmula (CH3)2C(C6H4OH)2 é um estrogênio sintético e pode causar câncer e infertilidade. Já foi provado há anos que o Bisfenol-A pode contaminar os líquidos dentro das garrafas de PET ou de outros plásticos.
Quem compra garrafas de PET e as usam no seu quintal como um viveiro ou quem cria um sofá de PET ou bijuterias, também está responsável pela continuidade do uso do petróleo, pela mineração de antimônio e seus efeitos danificadores e pela contaminação do meio ambiente com substâncias tóxicas e cancerígenas.
O mundo não precisa de garrafas, camisas ou viveiros de PET. Vidro é o melhor material para guardar qualquer bebida, inclusive a água. As garrafas de vidro podem ser reutilizadas centenas de vezes. E o material de vidro pode ser reciclado sem fim. O próprio vidro é a melhor matéria prima para fazer vidro.

Fonte:
Norbert Suchanek, Correspondente e Jornalista de Ciência e Ecologia, é colaborador internacional do EcoDebate.
EcoDebate, 07/01/2014

terça-feira, 16 de julho de 2013

BRASILEIRA DESENVOLVE TÉCNICA PARA DESCONTAMINAR ÁGUA COM CASCAS DE BANANA.

A casca de banana pode ser um dos resíduos mais promissores no processo de despoluição da água contaminada por efluentes radioativos, de acordo com uma pesquisa desenvolvida pela química brasileira Milena Boniolo, especialista no tratamento de águas residuais.
Para além de ser uma alternativa à luta contra a superlotação dos aterros, a utilização da casca da banana para livrar a água de metais pesados é uma das opções mais viáveis e baratas para as indústrias brasileiras.
Milena Boniolo, que publicou esta teoria na sua tese de mestrado, está agora procurando pequenas empresas dispostas a aplicar esta técnica.
“Esta foi uma descoberta que eu fiz numa época em que trabalhava no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares. Numa das minhas experiências fiz uma farofa de casca de banana e percebi que, ao jogá-la na água, ela atraia para si os metais pesados presentes neste recurso”, explicou Boniolo.
“Fiquei tão fascinada com a descoberta que foi este o tema do meu mestrado. Ao investigar melhor o fenómeno, descobri que a reacção química acontecia porque a casca da banana possui moléculas de carga negativa que atraem para si substâncias carregadas positivamente, como os metais pesados”, continuou a química de São Paulo.
A pesquisadora chegou à casca de banana por acaso. “Soube que, na Índia, utilizavam a palha do arroz – um alimento muito comum no Paíspara remover o corante da água. Depois, tentei perceber qual a comida que não é aproveitada a 100% no meu País e que poderia ser usada na descontaminação da água. Então, vi na TV uma reportagem sobre o desperdício de alimentos, com dados de 2008, que dizia que quatro toneladas de banana eram atiradas ao lixo na Grande São Paulo. Era a solução sustentável que eu procurava”, revelou Boniolo.
O processo é simples:
Para potencializar as propriedades da casca da banana é preciso deixá-la exposta ao sol por dias e, em seguida, triturá-la e peneirá-la. A farofa que se forma é colocada na água para atrair para si os metais pesados. O foco do meu estudo foi o urânio, que entre os objetivos do Ipen estão as pesquisas nucleares, mas a casca de banana também é capaz de atrair da água outros metais pesados que impactam a saúde humana e o meio ambiente, como o cádmio, o níquel e o chumbo.

Fonte: http://blog.institutobrookfield.org.br/index.php/2013/02/casca-de-banana-pode-despoluir-agua/

quarta-feira, 12 de junho de 2013

COMPOSTAGEM



A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) prevê algumas metas importantes para minimizar problemas ambientais, sociais e econômicos provocados pelo manejo inadequado do lixo. O fechamento de lixões e a construção ou a modernização de aterros são medidas do Estado que podem melhorar a relação do brasileiro com seu lixo. No entanto, algumas mudanças de hábitos também são contribuições importantes para o meio ambiente.
Quando o lixo é destinado de maneira incorreta e fica a céu aberto, pode ocorrer contaminação de lençóis freáticos com chorume, emissão de gases do efeito estufa (que causam seu desequilíbrio), como o gás metano (CH4 - 20 vezes mais prejudicial na atmosfera do que o CO2) e ainda atrai insetos e animais, que podem transmitir doenças ao homem. Uma grande parcela do volume de resíduos produzido anualmente no país é lixo orgânico, que poderia ter um destino muito mais correto do que um lixão.
A compostagem é uma das saídas para solucionar esse problema.
Pensando nisso o pesquisador mineiro Lázaro Sebastião Roberto desenvolveu e patenteou o processo que utiliza enzimas extraídas de algas, catalizadores e minerais para realizar a compostagem em poucas horas.
O produto final da compostagem, de acordo com Roberto, depende da composição dos resíduos usados. Um exemplo de aplicação dessa técnica pode ser observado no telhado verde do Shopping Eldorado, em São Paulo, onde o sistema foi adequado para realizar a compostagem de restos de alimentos e resíduos de cozinha em pequenos ambientes, e em lugares fechados.
A cidade mineira de Mariana também adotou o sistema de compostagem. Lá são processadas 20 toneladas de resíduos orgânicos todos os dias, número que representa 50% de tudo que é coletado diariamente na cidade. O biofertilizante resultante é usado para recuperar áreas degradadas e nas lavouras.
Já na cidade de Patrocínio, em São Paulo, o lixo orgânico proveniente da indústria de cerâmica é transformado em biomassa que é utilizado na própria indústria.
Roberto teve a ideia quando trabalhava na indústria de mineração desenvolvendo processos de limpeza de gemas. Ao procurar resolver os problemas causados pelos subprodutos da limpeza, chegou à solução que hoje é o processo de compostagem rápida.
De acordo com o pesquisador, o intuito é fechar o “ciclo dos resíduos”, ao dar um fim apropriado à boa parte dos resíduos gerados pelas pessoas e empresas.
Fonte: Revista Sustentabilidade.

sábado, 8 de junho de 2013

BRASIL ESTUDA GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA A PARTIR DOS RSU

A tecnologia pode reduzir os impactos ambientais dos aterros sanitários, principal forma de tratamento utilizada no Brasil.
Representantes do governo federal e do setor privado se reuniram no dia 16.05, em São Paulo (SP), para debater a viabilidade técnica e econômica da implantação de uma usina de geração de energia elétrica a partir da incineração de resíduos sólidos urbanos – tecnologia conhecida como mass burning.
As discussões foram baseadas em dados iniciais de um estudo contratado pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), que mostra como esse tipo de tecnologia é usado em outros países, o possível modelo de negócio nacional e o arcabouço legal necessário.
Um dos pontos cruciais do debate é o custo de instalação e manutenção do empreendimento. “Uma usina como essa tem capacidade para, através da incineração, converter os resíduos em vapor, por onde é gerada a energia elétrica. Além disso, ela opera com filtros destinados ao tratamento dos gases efluentes da combustão, antes que eles sejam dispersos na atmosfera. Segundo o estudo, realizado pela Proema Engenharia e Serviços Ltda, toda a estrutura envolve um investimento estimado em 140 milhões de euros, além do custo de manutenção, que pode ficar em 29 milhões por ano”, conta Junia Motta, coordenadora da Área de Química da ABDI.
Por outro lado, frente aos altos custos desse tipo de recuperação energética estão os impactos ambientais dos aterros sanitários, principal forma de tratamento utilizada no Brasil e que envolve alto risco de contaminação do solo no longo prazo. “O grande destaque do projeto que estamos desenvolvendo aqui é a definição de um modelo técnico-econômico que torne viável a instalação de uma usina de mass burning no Brasil. Por meio do estudo e da colaboração de diversas instâncias envolvidas, estamos adequando esse objetivo à realidade do país e, com isso, tornando-o possível”, afirma o gerente de projetos da ABDI, Miguel Nery.
A versão final do documento deve ser apresentada em julho, mas empresas como Braskem, Foz do Brasil/Odebrecht, Foxx e Proema já estão inseridas no debate e participaram do encontro. Também estiveram presentes representantes do Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos (Plastivida), da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) e da Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública (ABLP).
Entre os dados mostrados no evento está o crescente uso do mass burning em países como Estados Unidos, Portugal, Inglaterra, França e, principalmente, Alemanha. “Vemos que essas nações promovem cada vez mais a incineração, ainda que também realizem outros tipos de tratamento de resíduos, como reciclagem, compostagem e aterros sanitários. A Alemanha se destaca por promover os mass burning desde 1965 – em 2009, o país já tinha cerca de 70 usinas – e por já não possuir aterros, seguindo a diretriz da Comissão Europeia de eliminar todos os aterros sanitários até 2020”, descreve Maria Helena Orth, diretora da Proema.
* Publicado originalmente no site CicloVivo.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO



Como tudo começa no município, uma das maiores preocupações que os gestores municipais deverão ter com relação às suas comunidades deverá ser a de garantir o acesso de toda sua população aos serviços de saneamento básico através da implantação da Lei 11.445/2007 - Plano de Saneamento Básico Participativo. Segundo a lei o Plano deverá abranger toda a área do município (urbana e rural) e abordar os quatro componentes do saneamento básico (abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, e drenagem e o manejo das águas pluviais urbanas). Cabe exclusivamente ao município formular a Política Pública e elaborar o Plano Municipal de Saneamento Básico. A existência do Plano, por sua vez, será condição de acesso aos recursos do Governo Federal para saneamento básico a partir de 2014.
O saneamento básico é definido pela como o conjunto dos serviços, infraestruturas e instalações operacionais de abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e manejo de águas pluviais e drenagem urbana. A relação entre esses serviços é muito grande: o esgoto sanitário sem tratamento e disposição adequada contamina corpos d’água (rios, riachos, lagos, entre outros); depósitos de resíduos sólidos em locais e condições inadequadas podem contaminar as áreas de mananciais, prejudicar a captação e demais usos da água, favorecer a ocorrência de enchentes por obstruir as redes de drenagem, além de promover a proliferação de vetores; as inundações, por sua vez, podem interromper o funcionamento do sistema de abastecimento de água, acarretar a disseminação de doenças e desalojar famílias.
A melhoria das condições do saneamento básico tem também impactos diretos na promoção da saúde humana e na qualidade de vida. Comprovadamente a adequada coleta de esgotos domésticos reduz a ocorrência de diarréias e infecções intestinais causadas por parasitas. Por essas razões a política pública de saneamento básico deve prever a gestão integrada dos seus quatro componentes. Vale destacar que o saneamento é um direito essencial à vida, à moradia digna, à saúde, à cidade e ao meio ambiente equilibrado. Direito que deve ser exercido com transparência e controle social.
Mas esta obrigação não recai apenas nos municípios, pois a Constituição Federal estabelece como competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios a promoção de “programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico”, ou seja, essas responsabilidades são compartilhadas entre as três esferas de governo, sendo necessária e desejável a ação conjunta para que os serviços atendam a toda a população.
Com tudo isso faremos a nossa parte como cidadãos: exigir ações do Poder Público, fiscalizar e contribuir com Plano, pois os maiores beneficiados seremos nós mesmos.